Semana Santa


Semana Santa
Domingo de Ramos

Uma das manifestações mais tradicionais da Quaresma são as procissões em honra dos passos do Senhor. Neste Domingo de Ramos, que abre a Semana Santa, Jesus nos traça o seu itinerário pascal: frente ao homem que tem pretensão de ser como Deus, Cristo decide ser como homem, fazendo-se obediente até o extremo da morte na cruz, que se torna o seu “Sim” definitivo ao Pai e à humanidade.

Para segui-Lo, somos convidados a trazer palmas nas mãos, como os Macabeus, que da vitória sobre os invasores, entram triunfantes em Jerusalém (1 Mac 13, 49-52); e, semelhantes aos elitos, que empunharão palmas de vitória diante do Trono e do Cordeiro Imolado, depois de terem lavado suas vestes, tornando-as brancas no sangue do Cordeiro (Ap 7,9)
Por tudo isso, este domingo é como que uma chave de leitura para se entender o Mistério da Pácoa: Cristo é o protagonista da sua paixão, não um objeto da maldade humana, ou uma mera vítima das ciladas de seus inimigos. É Ele mesmos que se lança para a cruz, como um homem apaixonado, que se encaminha para o altar nupcial: a maldade dos homens nunca poderá preceder a Misericórdia de Deus.



Quarta-Feira Santa

É o quarto dia da Semana Santa. Encerra-se na Quarta-feira Santa o período quaresmal. A Paróquia de São José celebra neste dia a piedosa procissão do encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebra o Ofício das Trevas, lembrando que o mundo já está em trevas devido à proximidade da Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo


Quinta Feira Santa


A celebração do Lava-Pés, hoje, marca a abertura do Tríduo Pascal, a principal festa da Igreja Católica em todo o mundo. A cerimônia marca também a instituição da Eucaristia.


Em nossa Paróquia, o Cônego Antonio Alexandre vai lavar os pés de pessoas da comunidade que farão o papel dos apóstolos.


A cerimônia relembra o ato de Jesus em lavar os pés dos apóstolos, antes da Última Ceia. A atitude de Cristo, ressalta ele, nos chama atenção para a disposição de servir, peculiar a todo verdadeiro cristão. O ato, acrescenta o sacerdote, é uma grande prova de humildade e como bem relata as Escrituras, eles, os humildes, herdarão o Reino dos Céus.



Sexta Feira Santa




A sexta-feira de paixão ou sexta-feira santa é o dia cristão que marca o julgamento, condenação, martírio, morte e sepultamento de Jesus Cristo. É na sexta-feira da paixão que Cristo percorre a Via Sacra que também é conhecida por muitos como Via Dolorosa. Ele carrega sua cruz até o Gólgota, onde é crucificado.

Depois de morto, seu corpo é descido da cruz e sepultado em uma gruta lacrada por uma grande pedra. Segundo a tradição cristã, a morte de Jesus é qualificada como Paixão, metaforicamente um ato de amor e de entrega. O silêncio, o jejum com base na abstinência de carne e a oração marcam este dia.

Desta forma segundo a tradição cristã na sexta-feira santa não se deve consumir carne vermelha. O tradicional é o consumo de peixe.


Sábado de Aleluia


Virgilha Pascal



A celebração da Vigília Pascal é o centro da Semana Santa. Toda a Quaresma e os dias santos preparam-nos para o momento culminante: o da ressurreição. Cristo, vencedor da morte, faz-se presente em meio à comunidade e comunica-nos sua vida nova de ressuscitado e, assim, ressuscitamos com ele.

A Vigília Pascal é a noite principal da comunidade cristã. Com o novo fogo, luz que ilumina todo o ser humano, cantamos a proclamação da Páscoa dando firmeza à nossa esperança. Na Vigília Pascal, celebramos a totalidade do mistério de Cristo. Celebramos a morte e a vida.

Os ritos do fogo, da luz e da água nos introduzem no significado que para a vida dos cristãos a ressurreição de Jesus. O fogo novo invade a terra para que se purifique e renasça a nova criação; na água batismal, todos renascemos para o Senhor; a luz ilumina nossas trevas e nos permite ver os caminhos que ele traçou para nós.

Na Liturgia da Palavra, fazemos memória de algumas noites de libertação e vida nova: a noite da criação, a noite do Mar Vermelho, a noite da Ressurreição de Cristo.

Na Liturgia Batismal, renovamos nosso batismo, voltamos a nascer, A Vigília Pascal é noite de profissão de fé e de compromisso. Na Liturgia Eucarística, comemos e bebemos com o ressuscitado e antecipamos a reconciliação com Deus, sonhando com a fraternidade universal. Antes de tudo, o mistério pascal de Cristo nos convida a tornar realidade a vida nova que Jesus nos propôs com a própria vida, para que todos os homens e mulheres passem da escravidão à liberdade, do temor à segurança, das trevas à luz, com a segurança de que aquele que definitivamente venceu a morte nos acompanha no trabalho de tornar, a cada dia, o mundo mais humano e melhor.

Morte e vida com Jesus Cristo.

Jesus foi morto por um sistema social injusto, pecaminoso e mortal. Mas Deus o ressuscitou para sempre, condenando assim o sistema que matou Jesus. Pela fé e o batismo, o cristão participa da morte e ressurreição de Jesus. Em outras palavras, cristão é aquele que passa por uma transformação radical: rompe com o sistema pecaminoso, gerador de injustiça e morte, e ressuscita para viver vida nova, a fim de construir uma sociedade nova, que promova a justiça e a vida em todos os seus sentidos.

Jesus está vivo.

A manhã desse primeiro dia da semana marca uma transformação radical na compreensão a respeito do homem e da vida. O projeto vivido por Jesus não é caminho para a morte, mas caminho aprovado por Deus, que, através da morte, leva para a vida. Doravante, o encontro com Jesus se realiza no momento em que os homens se dispõem a anunciar o coração da fé cristã, Jesus morreu e ressuscitou, e a continuar em todos os tempos e lugares a atividade que Jesus desenvolveu na Galiléia. Só essa fé ativa transformará o medo da morte na alegria da vida.

Domingo de Páscoa

Jesus Ressucitou Aleluia, Aleluia!!!





O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.

São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na istituição da Eucaristia.

Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.

Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.

Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desolusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.

A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".